No dia 7 de outubro de 2021, o Prêmio Nobel de Literatura anunciou o escritor Abdulrazak Gurnah, da Tanzânia (leste da África), como o vencedor. O reconhecimento chegou pela Academia Sueca, que destacou a forma como a produção literária de Gurnah retrata os “efeitos do colonialismo” e o tema do refúgio.
Gurnah, 73, é autor de 10 romances, entre os quais: Paradise (Paraíso) e Desertion (Deserção). Nenhuma de suas obras foi traduzida para o português.
Em reportagem ao Jornal da USP, o professor Paulo Daniel Farah, especialista em estudos africanos, árabes e islâmicos e coordenador do NAP Brasil África, destaca outros aspectos relevantes do anúncio ao Nobel de Literatura para Abdulrazak Gurnah, com destaque para o reconhecimento das literaturas africanas modernas e contemporâneas:
“Desde a criação do Prêmio Nobel de Literatura apenas cinco autores da África foram contemplados: Wole Soyinka (da Nigéria), em 1986, Naguib Mahfuz (do Egito), em 1988, Nadine Gordimer (da África do Sul), em 1991, John Maxwell Coetzee (da África do Sul), em 2003, e agora Gurnah”, descreve Farah. “Por meio da leitura desses e de outros escritores, é possível entrar em contato com o imaginário e com processos de emancipação, resiliência e criação na África.”
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